domingo, 18 de novembro de 2012

'Repórter Record':Programa de Domingo, 18/11/2012



O que leva uma pessoa a acumular coisas? Pior: o que leva uma pessoa a acumular coisas que não tem a mínima utilidade? Revistas, jornais, utensílios domésticos, brinquedos, ferramentas e tudo mais do que pode ser produzido pelo homem. Alguns objetos são necessários. Mas e os que não são? Qual o sentido de guardar dentro de casa? No Repórter Recorddeste domingo (18), Marcelo Rezende investiga os casos de pessoas que tem a compulsão de acumular coisas, mesmo sem ter uma real necessidade de uso.

Você vai conhecer a história do homem que tem compulsão por guardar informações. Revistas, livros, jornais, fica tudo espalhado pelos cômodos. Nem dá para andar pela casa. Ele sofre de uma espécie de distúrbio organizacional. E a família sofre junto. A mulher não pode convidar amigos para jantar. Até a simples tarefa de descer uma escada se transforma em um risco. Já a filha vive trancada no quarto e diz que não se sente confortável dentro da própria casa. E o pai é tão doente que chega a vasculhar o lixo da filha toda semana, para ver se algo pode ser guardado. A crise familiar chegou a tal ponto que a mulher deu um ultimato: ou ele limpa a casa, ou vai embora. O pior é que ele admite que não vê uma luz no fim do túnel. E a mulher também não acredita em mudança. Sabe que o marido é doente. Um médico contratado pela família sentencia: esse é um trabalho que pode levar anos.

Em outro caso, a história do casal que perdeu a guarda dos filhos. Eles viviam em tamanha bagunça que hoje as crianças vivem com os avós, por determinação da Justiça – que ainda exigiu um tratamento psiquiátrico para a mulher. O marido diz que a mulher tentou melhorar a organização da casa. Mas simplesmente não conseguiu. Ela é o que se chama de consumidora compulsiva: adora comprar, mesmo sem ter necessidade, por ter um desejo incontrolável. Perante uma liquidação, ela simplesmente não resiste. O resultado é que hoje a casa parece um campo de batalha. A escada foi transformada em depósito de lixo. Na sala é preciso encontrar o caminho por onde passar, entre montanhas de objetos. Uma obsessão que está soterrando um casamento de 25 anos. Até a cama onde o casal dorme está cercada por roupas e objetos. Muitas das compras ainda estão lacradas e com as etiquetas – ou seja, ela só comprou, não usou. E a montoeira de lixo dentro de casa chegou a juntar ratos! É tanto entulho que nem dá para entrar nos quartos – simplesmente, não há onde colocar o pé. O que vai acontecer com essa família? Será que o casamento resiste a uma doença tão grave?

Você também vai conhecer a história da mulher que não acha que acumula coisas, mas sim que “salva” objetos. O detalhe é que o pai dela era lixeiro e sempre trazia para casa objetos encontrados na rua. Um legítimo hábito herdado da família. Casada há 46 anos, ela teve cinco filhos. Só que o marido é alcoólatra e foi internado várias vezes por esquizofrenia. Com os filhos criados, ela diz que se sente sozinha e usa as compras para ter o que fazer. Hoje diz que a única fonte de felicidade é a compra. De tudo o que aparecer pela frente. As coisas estão sempre lá – a família não. Hoje as montanhas de objetos ficam espalhadas até pelo quintal. Um verdadeiro jardim de sucata. O casal chegou a ser expulso diversas vezes dos apartamentos que alugava. E acabou tendo que se mudar para um hotel. 

Dois meses depois, o dinheiro estava acabando e uma decisão se fazia necessária: limpar definitivamente a casa, ou morar na rua. Uma decisão que parece fácil de ser tomada, mas não por acumuladores compulsivos.

O drama dos acumuladores compulsivos. Neste domingo (18), no Repórter Record, logo depois doDomingo Espetacular.

Fonte/Divulgação:Record

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