terça-feira, 21 de junho de 2011

Mulher mais velha do mundo morre em Carangola-Minas Gerais

A mineira que foi reconhecida pelo Guinness Book como a mulher mais velha do mundo morreu na madrugada desta terça-feira (21) na cidade de Carangola, situada na região da Zona da Mata e a 360 quilômetros de Belo Horizonte (MG).


Maria Gomes Valentim, de 114 anos, estava internada na Casa de Caridade de Carangola desde a manhã do último domingo com sintoma de pneumonia e, segundo a bisneta Taís Nolasco, ela morreu de falência múltipla dos órgãos, às 4h15 de hoje. Conhecida como “vó Quita”, ela iria completar 115 anos no próximo mês.


Segundo a bisneta, o corpo da centenária será velado nesta terça-feira e o enterro está programado para as 16 horas, no cemitério da cidade.


A mineira se tornou uma celebridade após ter sido reconhecida pelo livro dos recordes, em maio deste ano. Ela, que nasceu no dia 9 de julho de 1896, havia desbancado a americana Besse Cooper, que detinha o título de mulher mais velha do mundo.


O trâmite para o reconhecimento se iniciou com contato feito por uma organização americana que pesquisa os “supercentenários” pelo mundo denominada “Gerontology Research Group”.


Feijoada e empada de frango
Em abril deste ano, a reportagem do UOL Notícias esteve na cidade de Carangola e entrevistou a família de “vó Quita”. A mulher era descrita pelas pessoas que conviveram com ela como uma pessoa de temperamento forte e devota de Nossa Senhora Aparecida. Ela teve apenas um filho, que morreu aos 75 anos. Ela tinha 4 netos, 7 bisnetos e 5 trinetos.


Segundo Jane Ribeiro Moraes, 63, uma das netas que cuidavam diariamente da idosa, ela dificilmente tomava medicamentos e tinha predileção por feijoada e empada de frango, “com bastante pimenta”.


Para Marina Fernandes, uma das cuidadoras contratadas pela família, dona Quita era uma pessoa “tranquila, mas que queria fazer tudo”.


Questionada sobre a longevidade da avó, a neta Jane repetiu uma fase que diz sempre ter escutado da idosa. “Ela fala que vive muito porque sempre cuidou apenas da vida dela e nunca da vida dos outros”.


A neta também destaca a alimentação de Vó Quita. “O pai dela morreu com quase cem anos. Mas eu atribuo isso [longevidade] ao fato de ela se alimentar muito bem”.


Familiares pretendiam organizar uma grande festa para comemorar os 115 anos de dona “Quita”.

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