domingo, 17 de outubro de 2010

Vizinhas brigam por barulho de portão no 'Fantástico'

Um problema à toa se transforma em uma picuinha sem fim entre duas donas de casa em São Paulo. Há 25 anos, a comerciante Vanilda Cândida de Oliveira reclama do barulho do portão da vizinha. As vizinhas cortaram relações e levaram o caso para a conciliação.


Há 25 anos, um rangido tira o sossego de Vanilda: “É de manhã, é de noite, é de dia, é de tarde”, reclama. É o barulho do portão velho da vizinha, a aposentada Maria de Lourdes de Almeida, que azucrina Vanilda. É um problema fácil de solucionar, mas quem disse que as duas se entendem?


Nossos conciliadores chegam para apagar o incêndio e tentar um acordo entre as rivais.


Quando o portão bate, o som é ouvido do outro lado da parede, na casa de Vanilda. Além de enferrujado, o portão arrasta no chão. Dona de um pequeno brechó, ela diz que convive com esse tormento há 25 anos. Nesse período, terminou a ditadura, o Brasil teve cinco presidentes, mudou cinco vezes de moeda, disputou sete Copas do Mundo e ganhou duas. E o portão fazendo o mesmo barulho.


Tentativas de diálogo com a vizinha foram inúteis. A aposentada Maria de Lourdes de Almeida acha que a vizinha é implicante e que ela adora fazer um drama.




As duas brigam por qualquer coisa. Vanilda diz que foi acusada pela vizinha de ter roubado cinco centímetros de terreno ao construir um muro. Dona Lourdes nega e acusa Vanilda de ser invejosa.


No Palácio da Justiça, no centro de São Paulo, Lourdes leva a filha caçula para a conciliação. Vanilda fala do barulho que incomoda há 25 anos. Lourdes diz que a vizinha está exagerando e ameaça abandonar a conciliação.


Lourdes decide ficar. Ela se diz magoada. Vanilda também tem sua cota de ressentimento. Até hoje, a comerciante não engoliu a acusação de que roubou cinco centímetros do terreno de Dona Lourdes.


A discussão esquenta. A mediadora diz que não admite desrespeito na conciliação.


Neusa sugere que Lourdes endireite o portão e ponha uma borracha para acabar com o rangido desagradável. A aposentada finalmente aceita o acordo. Em um mês, o tormento de Vanilda vai chegar ao fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário