sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A briga de Dudu Pelizzari e Tico Santa Cruz


Muita gritaria, dedo na cara, xingamentos, ameaças, confusão... “A Fazenda” começou animada, com todos os ingredientes que fazem um programa deste tipo atrair público. Mas, em seu momento crucial, foi incapaz de esclarecer uma dúvida: por que está todo mundo querendo esganar o tal Dudu Pelizzari?


O conflito central do reality, para quem não acompanhou integralmente os últimos episódios, foi incompreensível. Por que Tico Santa Cruz, o roqueiro, encarou Dudu e o chamou de Judas? Por que Luiza Gottschalk, uma loira fantasiada de índia, disse ser “uma pessoa absolutamente ética e digna”? Por que Sergio Mallandro, o bilu tetéia, chamou Tico de “falso moralista”? Que abraço foi esse que Dudu deu em Janaína Jacobina?


É verdade, como adora dizer Britto Jr, que “o bicho tá pegando” na “Fazenda”, mas a edição do programa não ajudou. Janaína, para quem não sabe, é “jornalista e corajosa”, informa seu blog, e também “mulher e ousada”. O que ela tem a ver com a história? Com ouro na mão, faltou capricho na hora de explicar o mais importante. Nem a imagem do tal abraço de Judas a emissora mostrou direito. Uma pena.


Em compensação, a encheção de linguiça que se tornou marca registrada das noites de eliminação nas duas primeiras edições, finalmente, foi substituída por um ritual mais ligeiro e indolor. Alguém ouviu as preces do público e Britto Jr. parou de fazer aquela ceninha ridícula de olhar para um candidato e anunciar a eliminação de outro.


Também não houve, e esperamos que para sempre, a enrolação de anunciar primeiro o nome do candidato com menos votos, fingindo que seria dito o nome do eliminado. Um avanço.


E já que é para o público participar, parece interessante a proposta de deixar a cargo do espectador o tipo de prova que determinará o chefão da próxima semana. A lamentar apenas que, com menos transparência ainda do que o BBB da Globo, a Record não informe ao público qualquer número a respeito da sua participação, apenas percentuais.

Por
Mauricio Stycer

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