sexta-feira, 4 de junho de 2010

Entrevista com Rogério Flausino do Jota Quest

No estúdio chamado 'Minério de ferro'
Os três irmãos:Landau, Rogério e Wilson Sideral
Rogério Flausino num festa das antigas


Rogério Flausino provou o doce e o amargo da fama, mas não se arrepende de nada. Afinal, não foi à toa que ele se tornou o “alfenense mais famoso do planeta”


Rogério Flausino não sonhava com a fama, quando na infância e adolescência dividia os palquinhos de Alfenas com o irmão mais novo, Wilson Sideral. Seu sonho era a música, o poder que ela tinha de unir as pessoas: dezenas na casa da avó Nina, milhares na Cidade do Rock, durante o primeiro Rock´n´Rio. É um homem pelo coletivo. Tem a mania de responder às perguntas – mesmo às mais íntimas – no plural. Numa conversa com ele, ouve-se mais a palavra “nós” do que “eu”. Gosta de falar dos pais, dos tios, da mulher e da filha, Nina, de 2 anos. Já chegou a dizer que trocaria o prêmio de melhor cantor – recebido no Prêmio Multishow de Música Brasileira em 2007 – pela premiação de melhor banda.

Sim, Rogério Flausino é um cara legal, “colorido, pop, alegre, divertido”, segundo sua própria definição. Mas todos esses atributos ou algum outro não foram capazes de poupá-lo das pesadas críticas a seu estilo, seu cabelo, sua presença na propaganda de refrigerante. Passados 10 anos do episódio Fanta, mais maduro, prudente e ainda mais famoso, ele fala das armadilhas do sucesso numa boa. Garante que se sente bem com o que conquistou, lotando shows, tocando nas rádios, aparecendo na TV, assinando contratos com grandes empresas. Sem remorso por ser popular.

Ainda em Alfenas, você sonhava em ser o que quando crescesse?

Alfenas... [risos] Não sonhava em ser nada, não tinha esta parada: “Um dia vou ser famoso.” Sabe essas coisas? Não teve isso.

Mas ficou muito famoso.

Sim, sou o alfenense mais famoso do mundo, do planeta.

[Risos] Não é só isso. Tem uma composição com o Nelson Motta, dividiu o palco com o Roberto Carlos. É o Olimpo do pop brasileiro.

É. O dia em que cantei com o Roberto Carlos lá na parada [especial exibido pela Rede Globo em 2005], pensei “hoje estamos subindo na vida”. Senti: “Não sei o que vai acontecer, mas hoje marcou.”. Para quem é músico brasileiro ser convidado para cantar com o rei é a mesma coisa de quando os Stones ou os Beatles receberam a comenda da rainha da Inglaterra. Você pode até receber uma comenda, como a que o [governador] Aécio [Neves] deu para o Jota Quest, é muito legal e relevante a medalhinha e tudo mais. Mas o “rei” chamar a gente pra cantar é mais que tudo nessa porra aí [risos].

Como era a relação com a música na sua casa?

Eu tinha 12, 13 anos em 1983 e 1984, com aquele tanto de banda chegando e em 1985 teve o Rock in Rio, Os Paralamas do Sucesso, a Blitz, o Barão com o Cazuza, o Lulu Santos, todos aqueles caras ali tocaram no palco principal, pau a pau com os gringos. A gente era moleque. Pensei: “Quero ser aquilo ali.” Mas nunca pensei: “Tenho que ser famoso.” Não existia esse “tenho”. A gente, eu e o [Wilson] Sideral [então com 9 anos] tinha um conjuntinho, levava aquilo a sério, ganhava um dinheirinho. A gente tocava no boteco. Lá em casa, todo mundo era músico. Meu avô e minha avó primeiro, o vô Dé e a vó Nina, incentivaram todos os filhos a aprenderem a tocar e a cantar. Num encontro de família, na casa dos meus avós, rolava um desfile musical que ia dos anos 30 até os 80. Meu avô cantava as músicas dos anos 1930 e 1940, depois cada tio, o Marcos e o Adilson, tinha sua especialidade dos 50 e 60. A MPB e o rock vieram com os tios mais novos, tio Deco e tia Jussara, que eram os setentistas. O tio Deco era hippie. Todo tipo de música rolava ali na sala.

Era do rock que você gostava, ou já tinha a coisa da black music?

A black music veio depois, muito por último. Sou músico por causa do rock Brasil dos anos 1980. Foi o que fez minha cabeça. Era radical, não gostava de rock internacional. Até brigava com o povo na rua, alguém vinha falar de heavy metal, eu dizia: “Isso é uma merda, é ruim” [risos]. Depois, quando vieram mesmo a Legião Urbana, os Titãs, o Cazuza e a coisa ficou mais política, fui estudar esses caras e ver do que eles gostavam. Por causa das histórias que contavam, quis ver com o tio Deco e a tia Jussara: “O que é Led Zeppelin? O que é Doors? E Janis?”... “Está aqui.” Fui sacar da música internacional só um pouco depois.

O estúdio do Jota Quest [no bairro Belvedere, Zona Sul e BH, onde a entrevista foi realizada]chama Minério de Ferro. Vocês fazem questão de reafirmar a mineiridade o tempo todo?

Na verdade, foi o [produtor] Liminha, que é dono do estúdio mais famoso do Brasil, que se chama Nas Nuvens. Estúdio clássico. Ainda não nasceu, pelo menos para a galera do pop rock, outro igual. Perguntamos ao Liminha qual seria um bom nome. [imita a voz do produtor]: “Minério de Ferro. Vocês são mineiros ou o quê? Isso aqui não é uma serra de minério?” A galera achou pesado, pôs o nome. Depois, ficou pensando, será que é isso mesmo? Agora já foi.

O fato de o ‘La Plata’ ter sido feito e mixado aqui em BH ajuda a música a ser mais relaxada?

Ajuda, porque sobra mais tempo para pensar nisso com prazer. Quando você está fora, é obrigado a pensar nisso o tempo todo. Aqui, se você encheu o saco, vai para casa ou para um boteco, vai num rango que você gosta, fica tranquilo. Lá, na primeira e segunda semana é legal. Depois, você começa a ficar incomodado, a hora não passa, começa a ficar nervoso. Aqui deu um estresse também, ansiedade, tudo isso. Acho que nunca vai deixar de dar, mas foi muito mais relax.

Você parece não se sentir mal por ser pop.

A gente quer é isso, mesmo. A gente olhava para a televisão e todas as bandas iam ao Chacrinha, tinham um público imenso, faziam turnê para um público enorme. Queremos tocar no rádio. Não tem por que [imita uma voz pomposa] “não queremos ser isso”. Seria uma coisa antagônica, a música que a gente faz é para todo mundo, a gente quer ver o povo pulando, mesmo. É claro que tem um limite. Tem canções que a gente cortou, por achar que são muito bregas [risos]. Tem canções que a gente pensa: “Essa poderia ter ficado de fora...”

Qual?

Não posso falar. Mas tem música que a gente não toca, tem música que a gente nunca mais tocou, porque não ficou legal. Passou, deixa para lá.

Aquela máxima: sexo, drogas e rock’n’roll vale também para o pop?

Acho que virou uma coisa careta pra caralho, o exagero é perigoso em todos os aspectos. Desde a cor do seu cabelo, que pode gerar revolta nas pessoas [risos], até o sexo desenfreado. Drogas demais são um risco óbvio. O rock’n’roll, sim, é legal. Se a gente estiver falando de música, pode tudo, pode tudo com tudo, todo mundo com todo mundo, grupal, na veia. Rock pode.

Na sua vida, você sempre foi pelo coletivo?

Sou, sempre fui. Fui do grêmio estudantil, era do colegiado, fiz eleições. Sempre fui o cara que organizava a festa, a galera, “vamo fazer”, “nós, nós, nós”. Vou ter muita dificuldade no dia que tiver uma coisa que for só minha. Não tenho nada [só meu]. Tenho minha família, minha filhinha e tal. Tenho o Jota. Não tenho outra coisa, além do Jota.

É comum o vocalista lançar carreira solo, paralela à banda. Você pensa nisso?

Fica mais fácil pegar uma canção minha ou de outra pessoa e gravar, porque quem gosta do Jota, vai gostar de mim. Mas, ao mesmo tempo, sempre quis ter banda. Se algum dia acontecer de eu entrar no estúdio e gravar umas músicas – com violão, ou eletrônico, ou do jeito que resolver no dia – ou um disco em homenagem ao Tim Maia ou a sei lá o quê, quero fazer com o apoio dos caras. Isso é uma banda que é muito legal. A ideia da banda é chegar aos 25 anos no auge. Se for para chegar aos 25 anos decadente, melhor parar agora.

Depois do lançamento do álbum ‘Oxigênio’ [2000], a banda recebeu um monte de críticas pesadas. O clima entre vocês ficou ruim?

Como já tem 10 anos que isso aconteceu, está muito tranquilo falar disso agora. Na época, não, porque a gente não entendia o que estava acontecendo. Quando saiu o ‘Oxigênio’, foi o ápice da popularidade da banda. Você abria a geladeira e tinha uma latinha com a nossa cara.

A bendita latinha.

A Fanta. Há muito tempo a gente buscava fazer um contrato publicitário para popularizar o grupo e para a gente ganhar uma grana e poder se montar. A gente fez isso. Desde então, tudo mudou: a gente conseguiu se estruturar financeiramente para comprar o circo. Já tínhamos as atrações, naquela época compramos a “lona”. Essa ligação do artista com a iniciativa privada, com um produto que seja bacana, é bacana. Não há o menor constrangimento.

Mas na época você ficou constrangido?

Quando aconteceu isso foi que a gente viu o país em que vivia, qual era a mentalidade das pessoas do nosso meio. Fidéis e Che Guevaras saíram gritando com foices. A gente não estava esperando. Amigos, artistas, todo mundo falando. A gente lançou um disco superlegal, mas ninguém falou do disco, só falou mal da gente. Viramos então os representantes da superexposição, da chatice, do “fácil extremante fácil”, da banda na propaganda de refrigerante. A gente teve que se reencontrar. Graças a Deus, no Jota Quest, todo mundo tem família, então a gente se reencontrou. Falou assim: “Qual é a nossa parada?” É musica. “Isto a gente faz, isto a gente não faz mais, vida pessoal não interessa a ninguém. Nosso negócio é música, letra, videoclipe.” Aí tudo ficou mais brando. “E os comerciais?” A gente vai continuar fazendo sempre que for interessante, como no caso da Fanta, associando as marcas ao nome do banda de forma saudável, evitando sempre imposições do tipo: “beba isso, coma aquilo”.

Você disse que chegou a duvidar de si mesmo como cantor.

Naquela época, falavam do meu cabelo, da minha voz, das minhas letras, da minha performance, do meu jeito. Virei o “joga a pedra na Geni”. Eu não tinha feito aquilo para chamar a atenção. Eu era daquele jeito. Eu sou deste jeito. Sou colorido, sou pop, sou alegre, sou divertido. Então, entendi o recado. Comecei a me policiar mais, “despintei” o cabelo, parei de usar roupas tão coloridas, fui ficando mais normal...
Ainda é preciso se policiar?
Continuo me policiando. Mas também não vou ficar careta. Por exemplo, nunca falo mal dos outros publicamente, nunca uso o nome de ninguém para fazer escadinha, como fizeram comigo.

Por que a crítica não conseguiu derrubar vocês?

Sei que para muitos críticos a nossa existência não tem a menor relevância. Sei também que uma outra turma sempre falou superbem da gente, outra ainda não falou nem bem nem mal, mas espero que que falem. Sabemos como poucos a importância e a força que a critica especializada tem sobre a definição dos rumos da arte contemporânea. A gente vem envelhecendo bem [risos] e pode ser que o Jota Quest tenha alguma relevância, de alguma forma, no futuro. Eu realmente gostaria que algum dia a gente venha a constar em algumas listas.

Mas nas listas das músicas mais executadas vocês já estão há muito tempo.

Sempre, com certeza, mas isso não é o mais importante. Isso é apenas um ponto. Espero que, quando saia um novo álbum, eles digam: “Este disco é muito bom, vou botar na minha lista.”.

Os críticos olham com má vontade por causa do pop?

Acho que não. Todo mundo é pop, tudo o que bomba é pop. O Radiohead, que é sensacional, daqui a pouco é pop. “Mas os caras só falam de sofrimento.” O sofrimento é pop. O Iron Maiden é pop, Metallica é pop, tudo o que as pessoas passam a assimilar vira “cultura pop”. A gente lançou em 2002 o álbum ‘Discotecagem Pop Variada’, e o “pop” está na capa do CD. Isso nos deu uma liberdade absurda, abriu geral. Podemos misturar isso, aquilo. Samba, rock, punk, eletrônico.

A [compositora] Fernanda Mello foi sua namorada durante oito anos. Mesmo tendo terminado, vocês continuam compondo juntos. Você é um homem moderno?

A gente se fala, a gente se vê, desde que a gente terminou – vai fazer um tempão já, quase cinco anos. Nossa última composição foi ‘Laptop’, que a gente compôs há dois anos e agora entrou no CD. Acho que aí tem duas mulheres modernas. Tem a Fernanda e tem a Lud [mulher de Rogério], que também encara isso de forma tranquila, é fã da Fernanda, sabe da nossa história, que foi muito legal, muito bonita e que deixou muitos frutos, estas canções, que são eternas. Acho que sou um homem moderno, sim. Gosto dessa coisa da relação com leveza.

Atualmente, está engajado em alguma causa?

Em Alfenas, temos a fundação Dias Melhores, que meus pais apoiam pessoalmente e é regida por um casal de lá, a gente ajuda os meninos. Tem também uma casa de cultura, a Estação Alfenas, uma casa que os irmãos, eu, Landau, Sideral, Letícia e meus pais criamos. A gente tem promovido lá muita coisa cultural. Tudo em Alfenas. O que deu para fazer até agora, a gente está fazendo por lá. O Hospital do Câncer Infantil apoiamos há sete anos e outras campanhas mais regionalizadas a gente sempre apoia. Não tem ainda a Fundação Jota Quest, mas a gente vai fazer isso.

O fato de ter vindo do interior lhe influenciou como?

Fica sempre uma coisa de comer pelas beiradas. De dentro para fora, do pequeninho para o grande. Nossa, vir do interior é muito bom. A gente fala muito assim, “se eu morasse na capital, teria começado antes”, porque nossa bandinha na época gravou uma fita demo muito boa. A banda chamava Contato Imediato, a gente tinha umas músicas totalmente sociais. A gente queria ser a Legião Urbana. Mas não deu em nada, claro, a gente morava no interior, não daria em nada mesmo. Quando cheguei aqui em BH, em 1993, o Skank tinha acabado de assinar um contrato, o Pato Fu tocando no Paco Pigalle, um monte de coisas acontecendo. E o J. Quest tocando em um barzinho me chamou a atenção, porque era diferente. Nunca tinha visto ninguém tocando black music, só o Tim Maia. Mas naquela época ele cantava “Leva o meu som contigooo, leva”. Esse Tim Maia e esse Roberto Carlos dos anos 70 que a gente gosta,conheci porque tocava lá em casa. Mas mudei mesmo de cabeça para a black music por causa do J. Quest.

No início dos anos 1990, o Skank e o Patu Fu faziam sucesso. Como isso ajudou o Jota?

Skank é um dos pilares da nova geração do rock brasileiro dos anos 90 e abriu o caminho para todo mundo. A gente veio atrás deles. Não tenha dúvida. O trem estava passando, a gente falou: “Corre, corre, corre”, e entrou no último vagão. Agarramos. A gente ficou no último vagão do trem dos 90. Nosso primeiro CD sai em 1996, quase 1997.

Você usa esta aliança enorme. Como foi se casar?

Casamos ali na torre [do Alta Vila]. Exatamente hoje [17 de março] faz dois anos que casei. É o dia do aniversário do meu pai, nem tem jeito de esquecer. A gente namorava há dois anos, estava bem legal, tudo certinho. As famílias, os amigos, todo mundo ficou super feliz. Não sabia como era. Mas vou falar: foi o dia mais feliz da minha vida, porque reuniu a galera dos dois lados, todos os amigos, um dia de uma alegria pura. Aconselho. Ajuda você a se organizar. Com 20 anos... Não sei. Mas com 35 anos, se casar, ter filho é a melhor coisa do mundo. Você foca. Pô, já fiz farra pra caralho. Tem uma coisa que é muito importante: a vida é feita de fases. Certo? Vai falar que não, está de bobeira. Você é criança, depois é adolescente, vai para a faculdade, casa, vai ter filho, vai cuidar da sua família. Tem que mudar de fase. O melhor jeito de mudar é se você curtiu bem a fase anterior. E eu curti.

E como está sua fase pai?

Bom demais, acho que estou indo muito bem. A criança faz a gente dar uma lembrada em tudo que viveu, cada dia, cada mês, cada ano. Cada dia está sendo um novo tempo.

Cair na estrada deve estar sendo duro.

Como não dá para ser tudo certinho, está dando esta porra. Tem hora que dá vontade de dizer: hoje não vou, não vou, não vou. Mas faço reiki há dez anos – é a única terapia que faço – e a Ana [terapeuta] disse: “Você é taurino, é muito prático, então, vai inventar uma chavinha virtual. Para cá é o Rogério que mora naquela casa com a Nina e o outro lado é o que canta. Todo dia que tiver show, você vira a chavinha, faz o que tiver que fazer, depois volta.”. Lógico que é virtual, é uma coisa que você inventa, mas tem que fazer.

Existe a ambição de chegar muito mais longe?

Sim. A gente pensa: “Meu, tá louco, temos um estúdio agora, vamos gravar melhor, vamos escrever melhor.”

Você disse que é o alfenense mais famoso do mundo. Isso foi uma situação delicada com seus dois irmãos, que também são músicos?

Eles pagam um preço altíssimo por serem meus irmãos, porque a galera pega muito no pé deles. Acho uma sacanagem. Lógico, eles também ganham algumas coisas com isso. Mas no Brasil... Não é no Brasil, todo lugar é assim: “Este é o irmão do cara.” Pouca gente sabe o quanto o Sideral é talentoso. É um exímio compositor, instrumentista top, tem um show lindo. Tem quatro discos lançados, dois pela gravadora Universal e dois em parceria com a Universal. Ele tem uma carreira, toca no Brasil todo, é compositor, a gente já compôs junto, continua compondo. Mas fica sempre aquela parada: “É irmão do cara.” O Landau já é um menino diferente. Ele é um entertainer, um tirador de onda, engraçado, divertido pra caramba, roqueiro, agroboy e tal. Acredito que eles ainda vão mostrar muita coisa. As pessoas ainda vão se surpreender com eles. Eles têm consciência disso. Nenhum deles quer ser Jota Quest. Pelo contrário: querem ser eles mesmos.

Qual é o verso preferido entre todos os que escreveu?

“Vivemos esperando dias melhores/ Dias de paz, dias a mais/ Dias que não deixaremos para trás.”

E o que está esperando dos seus dias a mais?

Muito trabalho, saúde. Preciso de saúde, estou meio cansado, porque a gente trabalha muito. Preciso de paz de espírito para tocar este barco e acelerar. Às vezes, você pensa: vou acelerar para onde? Tem que acelerar mais, dar mais, escrever mais, cantar mais, tem que fazer mais show, fazer mais. Mas como? Não sei, mas tem que fazer. Quero paz de espírito para saber como.
Fonte:Portal Uai

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