terça-feira, 15 de junho de 2010

Entrevista com David Beckham


David, podemos começar falando sobre as suas experiências como parte da seleção na Copa do Mundo. Obviamente você ficou longe de casa por muito tempo. Quais são suas experiências sobre como os jogadores agiam como um grupo?
DB: Eu acho que chega uma hora quando você está longe, para a Copa do Mundo, em que você realmente cria ligações com jogadores com quem você atuará mais vezes, porque obviamente a seleção é uma mistura de jogadores do Campeonato Inglês. Todos se reúnem e passam um mês, um mês e meio, em conjunto. É um longo período, onde você conhece novas pessoas e suas individualidades. No passado, eu fiz muitos amigos na Copa do Mundo por, literalmente, passar todos os dias junto com eles. É uma verdadeira experiência de união.
Há algum conflito entre os jogadores de diferentes clubes?
DB: Sempre há algumas rusgas, mas não muitas. Ao longo dos anos, criaram algumas entre indivíduos ou tipos de jogadores de times diferentes, mas, na minha carreira, nunca tive esse tipo de problema.
Como você disse, 4 ou 5 semanas são um longo período. O que você gostava de fazer quando não estava treinando?
DB: Essa é a parte mais difícil, obviamente. Para alguns jogadores, isso é bom. Alguns gostam de tranquilidade e preferem descansar, mas para outros o tempo livre significa não ficar entediado. Obviamente, você só treina no período da manhã ou da tarde e acaba procurando algo para te manter longe desse lado tedioso da coisa, sempre. Eu estive longe com a equipe, mas os caras que cuidavam de nós tratavam de achar algo para nos manter ocupados.
Você gostava de falar sobre futebol e assistir às partidas, ou você preferia se desligar e escapar da pressão inerente ao cenário da Copa do Mundo?
DB: Eu acho que, tanto em grupo quanto individualmente, todos nós devemos nos sentar e assistir aos jogos. Assim que a Copa do Mundo começa, ela se torna prioridade. Joga-se muito pouco, mas, à parte, há quase uma partida por dia. É só olhar para frente e você poderá assistir vários jogos enquanto recebe massagens ou janta.
Você pode nos revelar vícios estranhos ou peculiares que seus companheiros de equipe tinham fora de campo?
DB: Eu não diria que nenhum deles tinha qualquer tipo de vício, mas acho que, nas Copas do Mundo em que estive, só conheci os do Gary Neville - você sabe, sempre nos demos muito bem, então eu sabia os vícios dele e ele sabia os meus. Quanto aos meus: eu sempre gostei de manter meu quarto arrumado. Assim, os jogadores que compartilhavam espaço comigo sempre desarrumavam meus sapatos e minhas revistas, porque sabiam que isso me irritava. Essa é uma das coisas que eles costumavam fazer comigo.

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